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VOCÊ CONHECE A AIDS FELINA? CONTAMOS TUDO EM 4 TÓPICOS!

Entre os temas muito pouco discutidos, mas de grande importância no mundo dos bichanos, está a AIDS Felina. O nome técnico desta enfermidade é Feline Immunodeficiency Virus – FIV -, nacionalmente conhecida como o Vírus da Imunodeficiência Felina. É importante destacar, inicialmente, que a AIDS Felina não é transmissível para humanos – apenas para seres da espécie Felidae, onde estão os gatos domésticos, onça pintada, tigre e leão.

A AIDS Felina foi descoberta no fim da década de 80, desde então, houve poucos avanços no sentido de buscar a cura pela doença. Com o tratamento adequado, são grandes as expectativas de vida do bichano, mas o principal problema está no diagnóstico da AIDS Felina – tendo em vista que os sintomas coincidem com outras enfermidades.

Para falarmos melhor sobre o assunto, elaboramos 4 tópicos que explicam tudo sobre a doença e o tratamento mais adequado. Acompanhe:

1 – Quais os principais sintomas?


Existem cinco sinais clínicos que são classificados de acordo com as diferentes etapas da doença, sendo a primeira, a fase aguda, que consiste na febre durante o período de quatro a nove semanas. O primeiro sintoma se manifesta de quatro a seis semanas depois da contração, podendo os animais apresentar sinais de anemia, diarreia e enfermidades mieloproliferativas – como também, podem não dispor de nenhum sintoma. Na segunda etapa, o vírus evolui para a fase de portador assintomático, quando ocorre a diminuição dos neutrófilos e linfócitos. Já no período persistente, os bichanos começam a apresentar sinais da doença, mesmo que sutis. Na quarta etapa, ocorrem as manifestações de doenças crônicas, onde englobam as estomatites, periodontites e gengivites – além de outros sinais de infecção, como a perda de peso, diarreia, febre, neoplasias, entre outras. Na fase terminal, a enfermidade deve evoluir progressivamente, onde os animais podem desenvolver insuficiência renal, linfoma ou criptococose.

2 – Como fazer o diagnóstico?


A FIV só pode ser detectada com exames laboratoriais e clínicos – embora os exames laboratoriais sejam mais seguros e eficazes. O grande problema da AIDS Felina são os resultados falsos negativos, uma vez que podem ocorrer em bichanos em fase inicial e terminal da doença. Já em filhotes, até os seis meses de vida, o resultado do falso positivo ocorre com mais frequência em razão dos anticorpos maternos ainda presentes em seu organismo.

3 – Como é transmitida?


Diferente de como ocorre com os humanos, a AIDS Felina não é transmitida sexualmente, mas sim pela saliva do animal infectado com o sangue de outro bichano. O contágio, geralmente, ocorre durante as brigas – quando um gato morde o outro pela briga de território. Fêmeas prenhas passam a doença para o filhote, que por sua vez, já nasce com a enfermidade. Todas as raças, sexo e idade podem contrair a AIDS Felina, mas a maior incidência está entre os gatos machos e não castrados.

4 – Qual o tratamento?


Não há cura, mas existem tratamentos que visam prolongar o tempo de vida do felino. Em razão da deficiência do sistema imunológico provocada pelo vírus, os animais infectados acabam desenvolvendo infecções que podem ser combatidas com tratamentos sintomáticos – os bichanos portadores do FIV não respondem bem a esses tratamentos. Recomenda-se que o tutor do animal leve-o, pelo menos, duas vezes ao ano para uma consulta com um médico veterinário para realizar exames de prevenção. Além disso, a melhor maneira de evitar com que o bicho de estimação não contraia o vírus é mantendo-o sempre em casa – a castração pode colaborar muito com o animal doméstico, pois tendem a ficar mais tranquilos e não brigam por territórios.