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VACINAS PARA CACHORRO: QUAIS SÃO E QUANDO DAR

As vacinas para cachorro são essenciais para a longevidade, saúde e qualidade de vida do cão. Elas previnem doenças graves, e é imprescindível que o calendário de vacinação seja orientado por um médico veterinário. Além disso, é essencial respeitar intervalos entre as doses e ter uma carteirinha para registrar cada aplicação.

Tipos de vacina para cães

As vacinas podem ser de natureza “infecciosa” ou “não infecciosa”. A maior parte das vacinas infecciosas aplicadas em cães, contém organismos que são atenuados para reduzir a virulência e induzem imunidade, causando um baixo nível de infecção ao se replicar no animal, sem produzir patologia. Elas têm a vantagem de induzir efetivamente a imunidade em locais anatômicos relevantes, quando aplicadas na forma parenteral, que é a injeção intramuscular.

Já as vacinas não infecciosas, contém um vírus ou organismo inativado, antigenicamente intacto. Os agentes não infecciosos são incapazes de infectar, replicar-se ou induzir patologia. Eles geralmente precisam de um adjuvante para aumentar sua potência e requerem múltiplas doses para induzir proteção.

Vacinas essenciais para cães

A vacina essencial é aquela que todos os cães, em todo o mundo, devem receber para fornecer proteção por toda a vida contra doenças infecciosas de significância global.

No Brasil, as vacinas essenciais para cães são aquelas que conferem proteção contra:

– Cinomose canina: causada pelo Canine distemper virus (CDV). Cães com cinomose desenvolvem pneumonia e até mesmo paralisia.

– Parvovirose canina: causada pelo Parvovírus, a doença é altamente contagiosa, caracterizada por causar diarreia com sangue.

– Hepatite canina: doença viral causada pelo Adenovírus, que afeta, principalmente, o fígado dos cães.

– Parainfluenza: o vírus dessa doença é responsável por afetar o trato respiratório e pode causar tosse intensa.

– Leptospirose em cães: doença bacteriana transmitida através da urina dos ratos, principalmente por meio da água infectada, podendo causar insuficiência renal.

– Raiva canina: a vacina antirrábica é considerada obrigatória. Trata-se de uma doença que pode ser transmitida para nós (zoonose), por isso é comum que anualmente sejam promovidas campanhas de vacinação.

Vacina para cachorro filhote

Após o nascimento, os filhotes precisam ter acesso ao colostro; que é o primeiro leite produzido pela mãe para a amamentação após o parto e é fundamental que o animal receba este alimento nos primeiro dias de vida para fortalecer o organismo, pois ele possui anticorpos, células e proteínas específicas que vão proteger o animal contra doenças infecciosas — chamada de imunidade passiva.

Na maioria dos filhotes, a imunidade passiva começa a declinar entre  8 e 12 semanas de idade para um nível que permite a imunização ativa. A recomendação é que a vacinação seja iniciada entre 6 e 8 semanas de idade, sendo que num intervalo de 21 dias, seja aplicada a próxima dose, até o cão completar 16 semanas.

Já a vacina contra a raiva deve ser administrada com apenas uma dose às 12 semanas de vida. Se o filhote for vacinado antes disso, ele terá que tomar outra dose após concluir esse período.

A raiva está quase erradicada atualmente, mas a vacina antirrábica continua sendo necessária. Isso porque a taxa de mortalidade da doença é de quase 100%.

Confira o calendário de vacinação do cachorro

– 6 a 8 semanas:

  • V8 ou V10 (primeira dose): previne contra Cinomose, Hepatite Infecciosa Canina, Adenovírus Canino Tipo 2, Coronavírus Canino, Parainfluenza Canina, Parvovírus Canino e Leptospirose.

– 12 semanas:

  • V8 ou V10 (segunda dose)
  • Gripe Canina: previne contra Adenovírus Canino Tipo 2, Parainfluenza Canina e Bordetella bronchiseptica.
  • Giardíase: indicada para animais que vivem em grupos.
  • Antirrábica: previne contra a raiva

– 16 semanas:

  • V8 ou V10 (última dose ou reforço)
  • Gripe Canina (dose de reforço)
  • Giardíase (dose de reforço)

Vacina para cachorro adulto

Alguns tutores acreditam que as doses aplicadas quando filhote já bastam para que o pet fique protegido por toda a vida, mas os cães adultos também precisam ser vacinados, para reforço da imunidade. As doses de vacinas ajudam o organismo a produzir anticorpos, que protegem contra agentes virais ou bacterianos. Para garantir a imunização do seu cão, os reforços precisam ser administrados anualmente.

É muito importante que você tenha em mãos uma carteirinha de vacinação com o histórico de vacinas do seu cão. Assim, o veterinário irá avaliar quais precisam ser reforçadas.

O cão deve receber anualmente uma dose de cada vacina (V8 ou V10, Gripe Canina, Giárdia e antirrábica). A melhor maneira de organizar o calendário de vacinas é fazer todas elas em uma mesma data.

Além das anuais, existe também a imunização para evitar a leishmaniose em cães. Normalmente, elas são aplicadas em regiões com maior incidência da doença, mas a procura em clínicas particulares tem crescido.

Contudo, leve o seu cão ao médico veterinário para acompanhamento do ciclo e mantenha as vacinações em dia.